O que previne:
A vacina BCG previne a Tuberculose – principalmente as formas graves, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar (espalhada pelo corpo).
Indicação:
A vacina é indicada de rotina a partir do nascimento até os 5 anos de idade.
Outras recomendações: Pessoas de qualquer idade que convivem com portadores de hanseníase (lepra); estrangeiros ainda não vacinados e que estejam de mudança para o Brasil.
Contraindicação:
- Pessoas imunodeprimidas e recém-nascidos de mães que usaram medicamentos que possam causar imunodepressão do feto durante a gestação.
- Prematuros, até que atinjam 2 kg de peso.
Esquema de doses:
Dose única.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
A vacinação não requer qualquer cuidado prévio.
Após a aplicação é importante não colocar produtos, medicamentos ou curativos no local.
Ocasionalmente, a vacina não deixa cicatriz, o que pode ocorrer por duas razões:
- a criança não respondeu à vacina devido à falha vacinal que acontece em cerca de 5% dos vacinados;
- houve resposta, mas com lesão discreta sob a pele, tornando difícil a identificação.
Então, sempre que não houver formação de cicatriz, um profissional da Saúde experiente deve examinar o local em que a vacina foi aplicada. No caso de reação inaparente ou discreta, não há necessidade de revacinar. Quando acontece a falha vacinal, uma nova dose deve ser aplicada seis meses após a primeira – nunca antes desse prazo.
Efeitos e eventos adversos:
A BCG quase sempre deixa uma cicatriz característica, com até 1 cm de diâmetro, no local em que foi aplicada – como rotina, no braço direito. Essa reação é esperada! A resposta à vacina demora cerca de três meses (12 semanas), podendo se prolongar por até seis meses (24 semanas), e começa com uma mancha vermelha elevada no local da aplicação, evolui para pequena úlcera, que produz secreção até que vai cicatrizando.
Eventos adversos possíveis: úlceras com mais de 1 cm ou que demoram muito a cicatrizar; gânglios ou abscessos na pele e nas axilas; disseminação do bacilo da vacina pelo corpo, causando lesões em diferentes órgãos.
Segundo o Ministério da Saúde (MS), os gânglios surgem em cerca de 10% dos vacinados.
Qualquer que seja o evento, o serviço de vacinação deve notificá-lo ao órgão de vigilância em Saúde e encaminhar o paciente ao posto de saúde para acompanhamento e tratamento adequados.